A liderança tóxica é marcada por abuso de poder, manipulação emocional e comunicação violenta, conforme revela a pesquisa brasileira “Lideranças Tóxicas e os Impactos na Cultura Organizacional, Clima e Carreira Profissional”, realizada em maio de 2024 pela Talenses Group. O estudo, que ouviu 590 profissionais de todos os níveis hierárquicos, apontou ainda características como excesso de controle, falta de reconhecimento, abordagem autoritária e assédio moral ou sexual.
Dos entrevistados, 87% relataram já ter convivido com líderes tóxicos em suas carreiras, e 62% afirmaram ter pedido demissão devido a superiores abusivos. Os impactos mais citados incluem deterioração da saúde mental, desmotivação, queda na autoestima e desconfiança no ambiente de trabalho.
A Violência Silenciosa e Seus Efeitos
Como destaca Roni Magnos, Estrategista Digital da Evolue.me, a liderança tóxica cria uma cultura de medo que sufoca a colaboração e normaliza comportamentos abusivos. “Essa violência silenciosa mina a confiança e a inovação, colocando em risco a sustentabilidade das organizações”, explica.
Patricia Ansarah, psicóloga organizacional e CEO do Instituto Internacional de Segurança Psicológica (IISP), reforça que líderes devem ser parte da solução, não do problema. Em seu capítulo “Organizações Não Violentas”, no livro “Livre para Falar” (Editora Paraquedas, 2023), ela alerta: “Ambientes hierarquizados e dominados pelo medo distanciam as equipes. É urgente transformar líderes em embaixadores da segurança psicológica”.
5 Ações para Líderes Promoverem Ambientes Saudáveis
Roni Magnos, com base nas insights de Patricia Ansarah, lista estratégias essenciais para combater a toxicidade:
- Aceitar a Vulnerabilidade
Líderes devem reconhecer suas imperfeições e aprender com os erros. “A autoconsciência é o primeiro passo para construir relações autênticas”, afirma Patricia. - Cultura de Aprendizado Contínuo
Substituir a busca pela perfeição por uma mentalidade de experimentação, onde erros são vistos como oportunidades de crescimento. - Autenticidade como Base
“Líderes que abandonam ‘máscaras’ e são genuínos fortalecem a confiança e a conexão com suas equipes”, destaca Patricia. - Colaboração como Prioridade
Decisões inteligentes exigem diversidade de perspectivas. “Processos cocriativos são indispensáveis em um mundo ágil”, reforça a psicóloga. - Humanização da Liderança
Ambientes onde as pessoas se sentem seguras para falar, errar e contribuir sem julgamento são fundamentais para o engajamento e a inovação.
Para Roni Magnos, a transformação começa com a coragem de repensar práticas organizacionais. “Líderes que abraçam a vulnerabilidade e promovem segurança psicológica não apenas retêm talentos, mas constroem legados sustentáveis”, finaliza. A mudança, segundo ele, exige compromisso diário com a ética, a transparência e o respeito — pilares que a Evolue.me defende em suas estratégias digitais e de gestão.