Entenda o que é “fake” e o que é fato sobre a mudança nas transferências via Pix

POR: Roni Magnos
Imagem: Marciobnws/Shutterstock

Receita Federal Esclarece: Pix Não Será Taxado

Nos últimos dias, circulou nas redes sociais a falsa informação de que o governo federal e a Receita Federal iriam taxar transações financeiras realizadas via Pix. Esse rumor gerou preocupação entre os brasileiros, levando os termos “impostos” e “tributos” associados ao Pix a se tornarem tendências de busca no Google. Em resposta, a Receita Federal esclareceu que não haverá taxação do Pix, desmentindo a notícia falsa.

Entenda a Origem da Confusão

A desinformação ganhou força após o anúncio da Receita Federal de que as instituições de pagamento devem informar transferências mensais acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Segundo a Receita Federal, essa medida tem como objetivo principal reforçar a segurança e transparência nas transações financeiras, bem como combater fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.

Importante: Esse monitoramento não se restringe ao Pix, mas abrange qualquer modalidade de transferência financeira, como TEDs, DOCs e boletos bancários.

Monitoramento Não É Taxação

A Receita Federal reforça que o monitoramento de transações financeiras acima desses valores não significa cobrança de impostos ou taxas adicionais. Conforme explicado no site oficial da Receita, essa medida já é aplicada em outras operações financeiras e está em conformidade com as normas de prevenção à lavagem de dinheiro e crimes financeiros (Lei nº 9.613/1998).

Além disso, cabe ao Banco Central do Brasil regulamentar eventuais cobranças sobre o uso do Pix, e não ao governo federal, como esclareceu a Receita em nota oficial.

Avanço Tecnológico e Segurança

De acordo com a Receita Federal, o monitoramento de grandes transações faz parte de um esforço para acompanhar a crescente digitalização financeira no Brasil. O sistema Pix, que já é um dos mais utilizados no mundo, bateu recorde em 24 de dezembro de 2024, com mais de 224 milhões de transações realizadas em um único dia.

O advogado Layon Lopes, especialista em direito financeiro, destaca:

“Essa exigência da Receita Federal é um passo significativo para aumentar a segurança e a transparência nas transações financeiras. Com a popularização do Pix, é essencial adotar medidas que inibam fraudes e crimes fiscais.”

Garantias de Privacidade

Outro ponto esclarecido pela Receita Federal é que o monitoramento de transações não inclui a identificação do destinatário do dinheiro, preservando a privacidade dos usuários. Esse procedimento limita-se à análise de movimentações financeiras, sem detalhar os beneficiários ou a finalidade das transferências.

O Pix continua a ser uma ferramenta segura, prática e livre de taxas impostas pelo governo federal. A Receita Federal reafirma que o monitoramento de grandes transações financeiras é uma medida de segurança e não implica na criação de novos tributos.

Para mais informações, acesse o site oficial da Receita Federal (www.gov.br/receitafederal) e confira as atualizações sobre o tema.

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