Desde a década de 70 quando iniciou a revolução industrial o planeta vem sofrendo com o aquecimento global mais especificamente em razão do consumo de combustíveis fósseis derivado do petróleo.
A emissão de dióxido de carbono foi criando uma camada na atmosfera que não permite a dispersão do calor e consequentemente favorece o aumento da temperatura no planeta.
Os raios solares que chegam na superfície terrestre parte são absorvido e parte é refletido de volta a atmosfera e são denominados albedo de superfície. Cada tipo de material tem uma capacidade de absorção. O concreto, o solo, a vegetação, o asfalto, cada material tem uma capacidade de absorção. No caso do concreto e do asfalto a absorção do albedo de superfície é menor quando comparado com a vegetação e o solo. Desta forma quanto mais concreto e asfalto e mais impermeabilização mais contribuímos para que a incidência de radiação solar seja refletida de volta e pouco se absorve. Contudo devido ao excesso de poluentes derivados das emissões (material particulado em suspensão) sejam de fontes estáticas ou estacionárias, ou seja emissão de veículos ou emissões de chaminés de indústrias se cria uma camada na atmosfera que impede a dispersão da radiação solar. Formando as ilhas de calor nas cidades ou efeito estufa, que é o represamento da radiação solar refletida das áreas de concreto e asfalto e que não se dispersam devido a camada de poluentes na atmosfera.
Outro fator considerável em relação as mudanças climáticas é o efeito sobre as correntes de ar alterando todo o sistema de aeronavegabilidade e as correntes marítimas afetando a navegação de navios e embarcações. Os rios flutuantes que são as massas de ar que carregam umidade da Amazônia para o Sudeste está alterado implicando diretamente no regime de chuvas.
A temperatura média global está aumentando, atualmente a temperatura média do planeta está com um acréscimo de 1,3 °C, a partir de 1,5 °C ultrapassaremos a condição de controle e não se sabe o que pode ocorrer. Estima-se que ocorra acréscimo até 3,5 °C na temperatura média. No vale do Jequitinhonha no Norte de Minas Gerais está sendo registrado temperaturas de 1,5 °C, pesquisas estão sendo desenvolvidas na região e o vale tem sido um ambiente de referência para o mundo em relação as mudanças climáticas.
Em termos de Brasil isto já ocasiona chuvas intensas e concentradas em algumas regiões e secas severas e prolongadas em outras regiões. Cientificamente sabe-se que há um comportamento há maiores secas no Sudeste enquanto que no Sul ocorrerá com mais frequência chuvas concentradas.
Devido à crise climática e a emergência global os países começaram uma corrida contra o tempo para combater as emissões de gases do efeito estufa. Medidas para reduzir o uso de combustíveis fósseis derivados principalmente da queima de derivados do petróleo estão sendo implementadas em todo o mundo.
Acordos mundiais foram estabelecidos para a redução das emissões. Um novo mercado surgiu então que é o mercado do crédito de carbono, onde indústrias compram créditos de carbono para compensar a emissão gerada.
Investiu-se em energias limpas como eólica, fotovoltaica, hidrogênio verde que é a separação da molécula da água (H2O) separando o hidrogênio por meio de eletrólise. A indústria automobilística está em transição de carros a combustão para carros elétricos.
A transição para fontes de energia renováveis promove o desenvolvimento sustentável. Ao fazer a transição energética os ganhos são imensuráveis como redução das emissões dos gases do efeito estufa, diversidade da matriz energética, criação de empregos, aumento na segurança energética ao reduzir a flutuação de preços dos combustíveis fósseis, melhoria da qualidade do ar.
Embora seja um caminho necessário a transição energética enfrenta desafios como custo em infraestrutura, integração a rede existente, deficiência de tecnologia de armazenamento e falta de políticas consistentes.
Alguns exemplos que se pode citar são:
Alemanha: possui um programa para reduzir as emissões em 80% até 2050
Dinamarca: Já em transição e obteve a troca da matriz energética em 43% de energia renovável
Costa Rica: Tem a meta carbono neutro até 2050
O Brasil tem grande potencial em energia renovável como hidrelétrica, solar, eólica. Minas Gerais inaugurou recentemente uma grande Usina de Hidrogênio Verde, o projeto Sol do Cerrado no Vale do Jequitinhonha é um mega projeto para produção de energia fotovoltaica. Entre Sete Lagoas e Jequitibá a concessionária de energia de Minas Gerais a CEMIG tem investido em um projeto de geração de energia fotovoltaica. O Nordeste tem potencial para energia eólica.
Algumas ações que podemos fazer enquanto cidadão para contribuir são: Buscar formas de reduzir o consumo de energia em casa e no trabalho, investir em luminárias de LED e equipamentos eficientes, optar por fornecedores que utilizem fontes renováveis, participar de debates e apoiar políticas que promovam a transição energética.
