Sete Lagoas tem uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil

POR: Glória Raquel
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Sete Lagoas tem uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil. Com a passagem a R$ 5,20, o valor supera o de 20 capitais, incluindo cidades como Rio de Janeiro (R$ 4,70), Porto Alegre (R$ 4,80) e Recife (R$ 4,30). Mas o que justifica esse preço elevado? Será que o transporte público da cidade oferece qualidade e conforto compatíveis com o custo? Infelizmente, não.

Os pontos de ônibus são precários, sem estrutura adequada para garantir o mínimo de conforto ao usuário. Os veículos são antigos, desconfortáveis e pouco eficientes. Além disso, em uma cidade de menor porte como Sete Lagoas, os deslocamentos são curtos, tornando os aplicativos de transporte uma alternativa cada vez mais vantajosa. Com tarifas tão altas e um serviço abaixo do esperado, o transporte coletivo se torna pouco atrativo, alimentando um ciclo vicioso: menos passageiros, menos investimentos e um sistema cada vez mais defasado.

A mobilidade urbana vai muito além de uma simples questão de transporte. Um sistema eficiente impulsiona a economia, fortalece o comércio, facilita o turismo e melhora a qualidade de vida da população. No entanto, ao invés de melhorar o serviço, as empresas de ônibus optam por reajustes abusivos, afastando ainda mais os usuários.

E o mais preocupante: onde está a indignação da população? Quando aumentos desproporcionais são aceitos sem questionamentos, cria-se um ambiente propício para que essas práticas se perpetuem. O transporte público não é um privilégio, é um direito. E direitos precisam ser defendidos.

 

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